O Marrocos desperta a curiosidade da maioria dos viajantes, e nós não fugimos à regra. O país sempre esteve no topo da lista dos lugares que mais tínhamos vontade de conhecer. E foi em nossa viagem de volta ao mundo que nós conseguimos tirar este plano, finalmente, do papel. Por isso, veja neste post nosso Roteiro de 12 dias no Marrocos, incluindo as cidades de Marrakech, Fez, Casablanca, Chefchaouen, um Tour pelo Deserto do Saara e muito mais.

Post atualizado em janeiro de 2020

Roteiro de 12 dias no Marrocos

Viajar de trem pelo Marrocos é super tranquilo. E esse foi o nosso principal meio de locomoção pelo país. Já no primeiro dia nós pegamos um trem de Casablanca para Rabat. O bilhete custou MAD 37,00 ou USD 3.90 por pessoa e viagem durou em torno de 1h. Compramos os bilhetes na hora. Chegamos na estação de Rabat e saímos para percorrer a cidade a pé. Fizemos tudo caminhando. 

Dia 1 – Rabat

Nossa primeira parada foi no Royal Palace Dar Al Mahkzen (o Palácio Real). Contudo, saiba que não se pode entrar nas dependências do Palácio com mochilas nem com câmeras fotográficas profissionais. Mas também não tem onde deixá-las na entrada…rs. Por isso, nós acabamos não entrando no palácio e de lá seguimos caminhando até a Medina. 

Veja nosso post completo sobre Rabat clicando AQUI

As Medinas são centros urbanos construídos dentro de muralhas fortificadas. Normalmente são  conhecidas como “a parte velha” das cidades. Além disso, este tipo de construção já era feita pelos pelos árabes no século IX, e nas Medinas você encontra de tudo, desde sapatos, roupas, especiarias, comida e até cabeças de bode.

Da Medina nós seguimos caminhando até o Kasbah des Udayas (Casbá dos Udaias) e visitamos também o Farol que fica ali pertinho.

Além disso, no Kasbah há um mirante com vista para o Oceano Atlântico, e logo ali na porta você encontrará algumas pessoas se oferendo como guia, mas nós acabamos fazendo tudo por conta própria. Andamos pelas ruazinhas que mais parecem labirintos e por isso nos perdemos diversas vezes.

Dica: baixe o APP Maps.me – ele funciona bem offline e é uma baita mão na roda!

A última atração que visitamos em Rabat foi o Mausoléu de Mohammed V. No mesmo complexo também fica a Torre Hassan (Hassan Tower). O lugar é lindo! Passamos algumas horas por ali, tiramos 500 fotos e voltamos até a estação para pegarmos o trem de volta para Casablanca.

Dia 2 – Casablanca

Conhecer Casablanca normalmente é parte do primeiro ou do último dia de uma viagem pelo Marrocos, já muita gente chega ao país por aqui. Conosco não foi diferente. Chegamos no Marrocos através de uma voo da Royal Air Maroc vindo de Nairóbi, no Quênia.

Nós deveríamos ter aproveitado Casablanca em nosso primeiro dia na cidade, mas como tivemos um atraso na chegada da mochila do Lázaro acabamos não tendo tempo. Por isso, separamos a manhã do segundo dia para explorar a cidade. Entretanto, sabíamos que Casablanca não oferecia tantos atrativos, e concluímos que uma manhã foi mais que suficiente para conhecer os pontos que tínhamos interesse: a Medina e a Mesquita Hassan II.

Veja aqui nosso post completo sobre Casablanca – dicas para aproveitar a cidade em poucas horas!

A Mesquita Hassan II é um momento de fazer qualquer um babar. É linda, imponente e impressionante. Também pudera, foram mais de 800 MILHÕES de dólares e mais de 10 mil pessoas para colocá-la de pé em 6 anos. Números impressionantes, né?

Além disso, tudo por ali impressiona: o tamanho, os detalhes, a arquitetura. Mas não só isso, diferentemente de outras mesquitas ao redor do mundo, a Hassan II possui arquitetura e formato inspirados em igrejas, sinagogas, até mesmo em templos hindus. Porque a ideia era construir um lugar para unir e acolher todas as pessoas, de todas as religiões. Eu adorei a proposta!

O bilhete para visitação custa MAD 120,00 ou USD 13 por pessoa. As visitas guiadas ocorrem de hora em hora. Nós acompanhamos um tour em espanhol.

Cuidado com os golpes!

Um taxista na Mesquita Hassan II teve a cara de pau de pedir 100 EUROS para nos levar de volta ao hotel. Ridículo! Porque pela cidade, além do trem, há uma espécie de bondinho (trem de superfície) que funciona super bem e custa muito barato. Saímos de lá morrendo de raiva, andamos algumas quadras e pegamos o bondinho até o hotel. Pagamos MAD 8,00, cerca de USD 0.85 por pessoa. Beeeeem diferente dos EUR 100,00, não!? 😤

Fizemos checkout no hotel e pegamos um trem até Chefchaouen. O bilhete de ônibus custou MAD 150,00 ou USD 16 por pessoa. E o ônibus da empresa CTM era bem confortável. Mais uma vez compramos o bilhete na hora.

Lembre-se do Seguro Viagem!

Viajar sem Seguro Viagem é a maior furada! Nós temos uma amiga que teve uma crise renal no exterior e se não fosse pelo seguro ela teria desembolsado mais de USD 20.000 só com despesas hospitalares. Já pensou!?

Por isso, nossa sugestão é fazer uma boa busca através da Segurospromo, um site que compara preços e te apresenta uma série de opções. Tem opções super econômicas, por menos de R$ 80,00 para 10 dias. Faça já sua cotação clicando AQUI ou no link abaixo:

Dia 3 e 4 – Chefchaouen 

Andamos o dia todo pela cidade de Chefchaouen. Percorremos a Medina e nos perdemos pelos labirintos da cidade azul do Marrocos.

Fomos até o mirante onde fica a Mesquita Jemma Bouzafar, de onde se tem uma linda vista da cidade. O caminho para o mirante passa por fora da Medina e também pelo rio que passa ao lado da cidade.

Fomos até o Kasbah, construído em 1497 e perambulamos pela cidade até as pernas começarem a doer. Logo de frente para o Kasbah fica a praça Uta el-Hammam. Por ali você encontra diversos cafés e restaurantes.

Veja nosso post completo sobre Chefchaouen clicando AQUI

Nessa viagem não fizemos compras. Mas para quem quiser comprar lembrancinhas, a cidade oferece uma série de lojinhas que vendem de tudo, sendo que os preços são bons e negociáveis.

Chefchaouen também possui um centro de informações turísticas. O pessoal, super solícito por sinal, nos deu algumas dicas do que fazer na cidade e arredores e ainda nos deu um mapa.

Fique atento! Mais golpes…

Chegamos à noite em Chefchaouen, não tivemos dificuldade em conseguir um táxi e até dividimos a corrida com um chileno que conhecemos no ônibus. Entretanto, mal a corrida teve início e um “ajudante” do motorista veio nos oferecer maconha e haxixe – muitas pessoas visitam a cidade por conta da erva – mas fomos descobrir isso só depois.

Nós recusamos a oferta, ele insistiu, recusamos novamente até que ele simplesmente nos disse que nosso hotel era muito longe e que ele teria que nos deixar em um lugar super afastado e que teríamos que andar por mais 20 minutos, sozinhos, de madrugada. Mas nossa sorte é que nós tínhamos o número de telefone do responsável pelo Airbnb que havíamos alugado, ligamos, pedimos ajuda e nos livramos do golpe.

Por isso, especialmente se chegar na cidade à noite, procure saber a localização de seu hotel e de preferência tenha um número de telefone para poder ligar no caso de passar por algum aperto.

Dia 5 – Fez

Pegamos um ônibus de manhã até Fez. A empresa CTM também faz esse trajeto mas os bilhetes tendem a custar um pouco mais caro e o primeiro horário era às 10h15m. Mas como queríamos viajar mais cedo, optamos pela empresa Nejme, cujo ônibus era mais simples que os da CTM e sem ar condicionado (o que deve ser um problema no verão). A viagem durou 6 horas. Chegamos em Fez às 14h, deixamos nossas mochilas no Riad e fomos passear pela Medina.

Não encontramos vendas online da empresa Nejme, compramos o bilhete de ônibus no dia anterior à viagem na rodoviária de Chefchaouen.

Os Riads são antigas casas marroquinas que hoje foram transformadas em hospedarias. Não há nada mais tradicional do que se hospedar nos Riads em uma viagem pelo Marrocos. É muito bacana! O único ponto “ruim”, se é que assim podemos dizer, é que os Riads ficam dentro das Medinas e é muito fácil perder-se pelos labirintos ao tentar encontrá-los. Por isso, nós acertamos previamente com um funcionário do nosso Riad e ele foi nos buscar em um lugar combinado, sem custo adicional.

Lembrando que em algumas cidades do Marrocos se alguém se oferecer para te guiar pelas ruas é porque ao final essa pessoa vai lhe pedir um dinheirinho. Fique atento!

Dia 6 – Fez

Nosso Riad incluía um farto café da manhã, o melhor que tivemos até agora! Por isso, depois de enchermos bem a pança é que nós saímos para explorar a cidade.

Fomos visitar os Curtumes, locais onde acontece o tratamento do couro. Como era inverno e não estava quente, o cheiro não estava forte. Mas dizem que no verão o cheiro de amônia e dos demais produtos utilizados no tratamento do couro é bem forte. Sinceramente falando, os curtumes tem um cheiro bem forte de peido…hahaha!

Veja nosso post completo sobre Fez clicando AQUI

São vários os terraços de onde se pode ter uma vista bacana dos Curtumes. O guia Lonely Planet fala que o melhor é o terraço de número 10. E advinha só!? Encontramos pelo menos três lugares que se auto-intitulavam como sendo o tal número 10 mencionado pelo Lonely. Mas o lance é que para subir nos terraços para ver os curtumes você tem que pagar. Pagamos MAD 10,00 ou USD 1 no primeiro e MAD 20,00 ou USD 2 no segundo.

Depois seguimos a pé para o bairro judeu de Fez. Pelo caminho passamos pelo Palácio Real, onde tiramos algumas fotos. No bairro judeu há uma sinagoga aberta à visitação. A visita custa MAD 20,00, mas em nossa opinião a visita não vale a pena não.

Voltamos para o Blue Gate e almoçamos em um dos restaurantes ali da região. Todos eles vendem o menu completo, que vem com entrada (que pode ser sopa ou salada), prato principal (tajine, cuscuz, frango grelhado, espaguete, etc.) e sobremesa. O preço no cardápio é de MAD 70,00 ou USD 7 e as bebidas custam MAD 10,00 ou USD 1. Contudo, se você negociar bem, o menu sai por MAD 50,00, incluindo bebida.

Dia 7 – Meknès 

Pegamos um trem de manhã para Meknès. O bilhete custou MAD 22,00, ou USD 2.20, e a viagem durou em torno de 1h.

O bacana de Meknès é que a Medina não está voltada para o turismo. Ela mantém o conceito original de medina, ou seja, um grande mercado feito pela e para a população local. Passamos boas horas andando por lá. Conhecemos também a Madrasa Bou Inania, de Meknès.

Neste dia nós teríamos também a opção de ir até Volubilis, ruínas de uma cidade romana próxima a Meknès, mas desistimos. Mas saiba que a dobradinha Meknès/Volubilis é bastante comum entre os viajantes.

Para Volubilis é possível ir de táxi compartilhado, o que faz com que a corrida não saia tão cara. Voltamos de trem para Fez já no fim do dia.

Dia 8 – Marrakech 

Depois do nosso delicioso e farto café da manhã, pegamos um trem até Marrakech. O bilhete custou MAD 206,00 ou USD 21 por pessoa e a viagem durou cerca de 8 horas.

Sim, nós “perdemos” o dia todo dentro do trem. Mas caso você prefira, há um ônibus noturno que faz o mesmo trajeto. Desta maneira você não perde o dia ainda economiza com hospedagem. Óia que beleza!?

Veja nosso post completo sobre Marrakesh clicando aqui

Dia 9 – Deserto do Saara

Nós fechamos nosso passeio de 3 dias com a empresa Marocco Excursions. Nosso guia nos pegou no hotel em Marrakech às 8h da manhã e seguimos dirigindo através da cadeia de montanhas Atlas. Paramos rapidamente em Tizi-n-Tichka, o ponto mais alto da estrada, e continuamos através das curvas tortuosas da estrada.

As paisagens pelo caminho são belíssimas! E como era outono, tudo ficou mais bonito. Continuamos dirigindo até o Kasbah Ait Benhaddou, patrimônio da Unesco. O local foi cenário para gravações de diversos filmes, dentre os mais famosos estão Gladiador e a série super sucesso do momento: Game of Thrones.

Paramos para almoçar em Ouarzazate e compramos sabe o quê??? CERVEJA! Desde que chegamos no país não tínhamos bebido. Descobrimos que mesmo sendo um país de maioria muçulmana (muçulmanos não bebem) o Marrocos vende e até produz cerveja. Que alegria!

Veja nosso post completo sobre o passeio pelo Deserto do Saara clicando aqui

Seguimos até a região de Ait Ben Ali, onde ficava nosso hotel, o Kasbah Auberge Tifawen. Um hotel bem bacana, com quartos grandes e uma linda varanda com uma super vista. O jantar e o café da manhã estavam incluídos.

Dia 10 – Deserto do Saara

Acordamos às 6h30m para ver o sol nascer, tomamos café da manhã e às 8h já estávamos na estrada.

Paramos no Todra Valley para algumas fotos, seguimos até Tenhir e paramos na Todra Gorges. Um lugar de tirar o fôlego! Depois paramos em uma lojinha no meio do caminho onde tiramos fotos com roupas típicas berberes, de graça.

Paramos em um hotel em Merzouga apenas para deixar nossas mochilas. Pegamos apenas o necessário para passar a noite no deserto e seguimos. Levamos somente um lenço e uma jaqueta, já que tomaríamos banho apenas no dia seguinte.

Visitar o Marrocos sem colocar um pezinho nas areias do Deserto do Saara é como ir até Minas Gerais e não comer pão de queijo, né minha gente?

Paramos um pouco antes do acampamento para fazermos sandboard. Assistimos a um belíssimo pôr do sol e fomos conhecer nosso acampamento Berber.

Jantamos uma comidinha deliciosa, já que o jantar estava incluído no pacote, e depois nos sentamos ao redor da fogueira para ouvirmos música Beber. Tivemos a companhia de 4 garotas do Canadá e fechamos a noite de maneira muito divertida.

A nossa tenda tinha duas camas de casal com cobertores pesados e quentinhos. Foi uma delícia dormir assim, já que a temperatura lá fora beirava os 10 graus.

Dia 11 – Retorno a Marrakech 

Acordamos às 6h para seguirmos rumo ao hotel onde tínhamos deixado as mochilas. Paramos no meio do deserto para ver o sol nascer. Ficamos observando esse lindo espetáculo por alguns minutos e continuamos até o hotel. Um belo café da manhã nos aguardava, novamente incluído no pacote, e um banho quentinho também! 

Com as energias renovadas, pegamos estrada rumo à Marrakech.

Dia 12 – Marrakech

Um dia inteiro em Marrakech foi suficiente para sentirmos um pouco a vibe da cidade mais visitada do Marrocos.

Passeamos pela Medina, pela Praça Jemaa el-Fna e pela Mesquita Cutubia (ou Koutoubia Mosque). Fomos visitar os Curtumes e passamos pelo Palácio da Bahia.

Veja nosso post completo sobre Marrakesh clicando aqui

Depois seguimos para a Madraça Ben Youssef e para o Palácio El Badi. Não tivemos tempo de conhecer o famoso Jardim Majorelle, mas dizem que é um dos lugares mais bonitos de Marrakech.

Lembre-se do Seguro Viagem!

O Seguro Viagem é indispensável em uma viagem para o Marrocos. Afinal, imprevistos acontecem e é sempre bom estar preparado para eles.

E não é caro, gente! Tem seguro por valores irrisórios, menos de R$ 80,00 para uma viagem de 10 dias. Clique AQUI para obter sua cotação com DESCONTO. Ou clique no link abaixo ⤵️

Por isso, nossa sugestão é fazer uma boa busca através da Segurospromo, um site que compara preços e te apresenta uma série de opções.

Além disso, ao utilizar o nosso código CASALWANDERLUST5 você ainda ganha 5% de desconto na hora! Faça já sua cotação clicando AQUI ou no link abaixo:

Faça já seu Seguro para garantir uma viagem tranquila. Utilizando o código promocional CASALWANDERLUST5 você ganha 5% de desconto na hora!

Esse foi nosso roteiro de 12 dias no Marrocos. Espero que tenha gostado. Aproveite e veja também:

• O que fazer em Marrakech
• O que fazer em Rabat
• O que fazer em Fez
• O que fazer em Casablanca
• O que fazer em Chefchaouen
• Um tour pelo Deserto do Saara
• Marrocos – tudo o que você precisa saber

🌎  Acompanhe nossa viagem de volta ao mundo através de nossa página no Facebook: https://www.facebook.com/casalwanderlustoficial