A Fortaleza de Masada, em Israel
Situada no topo de um platô no litoral sudoeste do Mar Morto em pleno Deserto da Judéia, Masada ficou conhecida pelo trágico desfecho da Grande Revolta Judaica contra o Império Romano no ano 74 d.C. Apesar do local já ser usado como fortaleza pelos Asmoneus, estado judaico independente, nos anos 103 a.C.
Masada, que em hebraico significa fortaleza, é considerada Patrimônio Histórico Mundial pela UNESCO desde 2001. É hoje um dos principais pontos turísticos em Israel. Principalmente para quem estiver próximo ao Mar Morto ou em Jerusalém.

História de Masada
Quase todo o registro dos eventos que culminaram na retomada pelos romanos da fortaleza de Masada foi contada por Flávio Josefo. Flávio era um dos líderes da revolta judaica que após ter sido capturado pelos romanos passou a trabalhar como historiador para os mesmos.

Segundo seus relatos, o forte romano de Masada foi construído entre os anos de 37 e 31 a.C. a mando do Rei Heródes da Judéia, representante do Império Romano. A fortaleza serviria como um refúgio para o próprio Heródes em caso de alguma rebelião.
Aproximadamente 75 anos após a morte do Rei Heródes e no princípio da rebelião dos judeus contra o império romano no ano de 66 d.C., a fortaleza de Masada foi tomada pelos rebeldes judeus. Com a destruição de Jerusalém e do Templo de Salomão pelos Romanos, no ano de 70 d.C, Masada se tornou o último reduto de resistência judaica. E de lá estes resistiam e atacavam os romanos.
Fim trágico
No ano de 73 d.C., a Décima Legião Romana, sob o comando do governador romano Flávio Silva, foi enviada contra Masada. Estabeleceu um acampamento aos pés do monte e forçou um cerco ao local por meses. Contudo, o desfecho da guerra só se deu quando os romanos conseguiram construir uma rampa com toneladas de pedra e terra batida na face oeste da montanha. E por lá, na primavera de 74 d.C., com o auxílio de um aríete e catapultas, conseguiram penetrar na fortaleza.

Quando ficou evidente que os romanos conseguiriam romper os portões e entrar em Masada, Eleazar Ben Yair, chefe da resistência, conseguiu convencer todos os demais líderes dos 960 membros da comunidade que residiam no forte a tirar a própria vida. Pois para ele este fim seria melhor do que tornarem-se escravos dos inimigos.

Trecho do discurso
“É por esta mesma cerca que seremos levados daqui a um dia. Mas ainda podemos morrer de maneira gloriosa, juntos, ao lado de nossos queridos amigos… Deixemos nossas esposas falecerem antes que sofram qualquer tipo de abuso. E nossas crianças antes que experimentem a escravidão. E depois de matá-los, vamos conceder esta glória mutuamente uns sobre os outros, em liberdade. Como um excelente monumento funerário para nós. Mas primeiro vamos destruir nosso dinheiro e a fortaleza pelo fogo. Pois tenho plena certeza de que este será um golpe terrível para os romanos. Eles não conseguirão agarrar nossos corpos, e nem a nossa riqueza. Vamos nos desfazer de tudo exceto de nossas provisões. Pois eles serão testemunhas quando estivermos mortos de que não fomos vencidos pelas necessidade. Mas segundo nossa resolução original: a de que preferimos a morte à escravidão.”

A morte da população de Masada
Como o suicídio é proibido para os judeus, foram sorteados 10 nomes entre os guerreiros que seriam incumbidos de matar 95 pessoas cada, incluindo mulheres e crianças. E entre estes 10, foi sorteado mais 1 que seria responsável por matar os outros 9 e a si mesmo no final. Desta maneira, quando da entrada dos romanos, nada mais foi encontrado além de quase toda a fortaleza em chamas e centenas de cadáveres.
Toda essa história seria perdida se duas mulheres com cinco crianças não tivessem se escondido, com medo do que viria a acontecer, nas cisternas na parte alta da montanha.

Hoje Masada é vista por alguns como um símbolo da força e heroísmo judaico por ter resistido a tão poderoso império por vários anos. E por outros como um símbolo do extremismo ao preferir o suicídio e assassinato de familiares a alguma tentativa de negociação com os romanos.
O Forte de Masada
O forte foi construído no platô que fica a 450m acima do nível do Mar Morto. Sua forma ovalada apresenta cerca de 12.000 m2 onde foram construídos palácios, casas de banho, cisternas para armazenar água, armazéns para grãos, azeite, vinho, paiol de armas, além de suas muralhas e fortificações militares.


O sistema de captação de água é uma das características arquitetônicas mais impressionantes do lugar. Como Masada fica no deserto e abrigava centenas de pessoas, um sistema de captação e conservação de água era primordial. E este foi feito com o uso de represas que direcionavam a água das chuvas para canais que desembocavam em 12 cisternas. Cada cisterna tinha a capacidade para armazenar até 40.000 m3 de água.

O site atualmente ainda conta com ruínas de uma igreja Bizantina que foi construída ali por volta do século IV d.C.

A magnitude da fortaleza é realmente impressionante e a vista de lá de cima é algo à parte. De um lado o Mar Morto e do outro várias montanhas de tons marrom-esverdeados. Lindo!
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Masada – Onde fica
Masada está localizada no litoral sudoeste do Mar Morto. A aproximadamente 115 km de Jerusalém.

Como chegar na Fortaleza de Masada
Nós fomos até lá com o carro que havíamos alugado. A viagem de Jerusalém até Masada durou cerca de 2 horas.
O local é super fácil de encontrar, especialmente se você tiver acesso ao Waze, Maps.Me ou Google Maps.
Transporte público
Nós fomos até Masada com um carro alugado. Portanto não pesquisamos sobre transporte público para chegar até lá. Mas ouvimos o relato de um amigo que esteve em Israel em 2014 e não conseguiu acessar o local com transporte público. Somente com táxis ou com tours contratados através de agência de turismo.
Horário de funcionamento
- De abril a setembro: 8h às 17h
- De outubro a março: 8h às 16h

Como acessar a Fortaleza de Masada
O acesso a fortaleza pode ser feito por uma trilha, chamada de “Caminho da Cobra” devido à seu trajeto em “S”. A subida dura em média de 40 minutos. Dependendo de sua forma física 😅.
Para os menos atléticos, existe a possibilidade de subir e descer usando um teleférico.
Quanto custa
- Entrada: ILS 28,00 ou USD 8 (subindo e descendo pelo Caminho da Cobra)
- Entrada + teleférico I (subindo ou descendo de teleférico): ILS 56,00 ou USD 16
- Entrada + teleférico II (subindo e descendo de teleférico): ILS 74,00 ou USD 21
Há também a opção de contratar um tour guiado através de áudio (fones de ouvido).
O que levar
Água, protetor solar, um boné ou chapéu, em dias de calor. No inverno leve também um agasalho pode ventar bastante lá em cima.
Segurança
O próprio parque avisa que existem algumas áreas que podem ser perigosas para crianças e pede que os pais tenham atenção.

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Boa tarde! Gostei muito do blog de vocês e da riqueza de detalhes.
Quero saber quanto vocês pagaram de estacionamento em Massada. Obrigada!
Obrigada, Mariana!
O estacionamento era free, se eu não me engano. Deixamos o carro em um estacionamento subterrâneo, tipo esses de shopping, que ficava bem na entrada do complexo. Abração!
Sou eternamente apaixonado por Israel, o seu povo e a sua história,
Obrigada por sua mensagem, José 🙂
Sou leitor da história de Israel.
Olá! 🙂